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31 de maio de 2009

Sou fã do Mcluhan!!!!!!!!


Durante esse período de ‘sumiço’ estive lendo “Os meios de comunicação como extensões do homem (understanding media)”, obra clássica do teórico Herbert Marshall Mcluhan (1911-1980). Ele foi professor de literatura inglesa do Canadá e de diversas universidades dos Estados Unidos. Era especialista em poesia metafísica inglesa, por isso utiliza palavras metafóricas tão geniais. Atualmente, Mcluhan é um dos teóricos contemporâneos cujas ideias têm provocado grande polêmica intelectual. Suas expressões mais conhecidas são: O meio é a mensagem e Aldeia Global.

Falarei rapidamente sobre essas expressões. Prestem atenção:

O modelo teórico “O meio é a mensagem” não está preocupado com a eficácia técnica da comunicação, mas com os efeitos desse processo na sensibilidade individual e coletiva. Para o autor, a mensagem não é somente um conteúdo, mas uma “massagem psíquica” do qual o conjunto de resultados práticos dos meios de comunicação se manifesta sobre sensações humanas. Mcluhan acredita que, devido à era eletrônica, o ambiente é criado sempre de uma maneira nova. “O “conteúdo” deste novo ambiente é o velho mecanizado da era industrial. O novo ambiente reprocessa o velho tão rapidamente quanto a TV está reprocessando o cinema” (Mcluhan, p.11, 1964). Ele finaliza dizendo: “o conteúdo da TV é o cinema” (idem). Tudo que antes era imperceptível ganha uma nova visão através das máquinas. Então, a natureza (ambiente antigo) passa a ser vista como valores estéticos e como uma forma de arte (ambiente novo). Concluindo: a máquina cria um novo ambiente inspirada num velho ambiente.
Os meios de comunicação estabelecem ações recíprocas de um meio a outro. Fazendo com que o mundo fique eletronicamente interligado, transformando-se em uma “Aldeia Global”. Esse termo também conhecido, significa que o progresso tecnológico consegue reduzir todo o planeta igual a uma aldeia.
Outra coisa que não posso deixar de citar é sobre a “temperatura informacional”. Ou seja, Mcluhan classifica os meios de comunicação em dois: os meios quentes (hot media) e os meios frios (cool media).

Meios quentes (hot media) = Estendem os nossos sentidos (visão, audição) e apresentam informações bem definidas. Então, a imprensa e a fotografia é um meio visual, que contêm muita informação, não exigindo um grande esforço por parte do receptor. Quanto “mais quente, mais informação”. Ex.: livro, jornal, rádio.

Meios frios (cool media) = A quantidades de informações são menores que os meios quentes, por isso exige do receptor maior participação e envolvimento nas mensagens. Isto é, a televisão é um meio frio, diferente do rádio. Pois é possível trabalhar ouvindo rádio, mas não se pode fazer o mesmo quando se vê televisão. Ex.: histórias em quadrinhos, telefone e televisão, que proporcionam informações mal definidas.


Larissa Araújo.®

3 comentários:

Unknown disse...

Muito interessante este pequeno resumo que escreveu sobre o McLuhan. Na verdade, ele está em voga - depois da internet - por isso mesmo: pela capacidade de antever que a experiência do meio também influi bastante na recepção da mensagem. Veja você que ver tevê na internet não é o mesmo que ver tevê naquela caixa preta que fica na sala. Muda tudo: você pode postar, você vê na hora que deseja, você pode copiar, editar, dar opinião nos comentários, enfim, é algo completamente diferente. Logo, o MEIO É TAMBÉM A MENSAGEM. Parabéns, Larissa!

Unknown disse...

Muito interessante
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http://www.spunkjunks.com - http://www.lust4asia.com

Pastora disse...

Sou de certeza muito mais velha mas também sou fã do Mcluhan. O meio é mensagem é mesmo assim, transformamo-nos à medida que dispomos de mais meios e connosco a sociedade.
Dizem que é um determinista tecnológico :) não somos todos ? Quem quer passar sem telemóvel - hoje é um salva-vidas !