Diversas pessoas confundem essas duas teorias. Em apenas seis palavras vou distinguir o que significa cada uma. Em seguida explicarei com mais detalhes. Vamos lá:
01) Abordagem Empírico-Experimental (ou da persuasão) > Verifica se ocorre persuasão na mensagem.
02) Abordagem Empírica de Campo (ou dos efeitos limitados) > Analisa se houve influência na mensagem.
Fácil, né?!
Ambas surgiram nos Estados Unidos, em 1940. No entanto, a primeira teoria, que é Abordagem Empírico-Experimental, estuda a mensagem persuasiva entre emissor, mensagem e receptor. Ou seja, para identificar se houve ou não persuasão na mensagem é muito simples: se a informação atingir e tiver reações no público interessado ou não por determinado assunto, significa que a mensagem teve o êxito esperado. Quanto mais o indivíduo acompanhar o fato, mais ele se sentirá interessado em informar-se a respeito. O que acontece na verdade não é a mudança de ponto de vista, mas o reforço de opiniões pré-existentes.
Já a segunda teoria, Abordagem Empírica de Campo, é bem diferente. Pois ela não se preocupa com a manipulação (da teoria hipodérmica) e nem com a persuasão (da teoria empírico-experimental), mas com a influência. Ela investiga como acontece e como são realizados os processos de comunicação de massa na sociedade. Então, não é só o conteúdo que pode influenciar, mas a ferramenta utilizada para fazer a mensagem. Isso quer dizer que não é só a mídia que influência e persuade, mas qualquer outra força social como igreja, família, político e líder de opinião pode reforçar valores. Daí vem o nome efeitos limitados.
Veja a diferença dos modelos dessas teorias:
A.E.EX : E (estímulo) + (processos psicológicos) = R (resposta)
A.E.C : Emissão + Recepção = Efeitos Limitados
Larissa Araújo.®
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Esse filósofo do vídeo chama-se Paulo Ghiraldelli Jr. Gosto muito da forma como ele explica a filosofia dos principais pensadores.
6 de julho de 2009
Quais são os tipos de políticos?

Imagem: Rui Ricardo
Faltam 15 meses para os brasileiros escolherem quais serão os novos políticos a assumirem os cargos de deputados estaduais, federais, senadores, governadores e presidente da república. Os debates ansiosos sobre as eleições de 2010 adotam um exercício muito comum nessa temporada de politicagem: o da futurologia.
Jantares, almoços e encontros às escondidas sinalizam acordos que serão selados ou desfeitos. Pior: essas reuniões podem significar uma conspiração – onde alguém estará traindo o outro. Comentários que demonstram apoio a determinado candidato deixam várias pessoas em alerta, apostando numa suposta traição.
Os videntes de plantão (que nesse caso são os jornalistas) enxergam apenas 2010 e fazem dos jornais um verdadeiro palco teatral, onde os atores mais competentes são premiados com sua própria visibilidade midiática. Os espaços dos veículos de comunicação como o jornal, a tevê e o rádio se transformam numa espécie de vitrine. É como se a variedade de políticos fosse pendurada em cabides e os eleitores seriam os clientes que escolheriam o produto.
Na verdade nos acostumamos com esse espetáculo. Nós somos a plateia que aplaude ou vaia. O teórico Roger-Gérard Schwartzenberg faz uma análise interessante em seu livro “O Estado Espetáculo”. Ele classifica os políticos em quatro tipos: o “Herói”, “igual a todo mundo”, “líder charmoso” e o “Nosso pai”.
Para o autor o “Herói”, "é o homem excepcional, fadado ao triunfo, e depois à apoteose. O homem das façanhas, do entusiasmo e da glória. Em suma: o ídolo proposto ao culto dos mortais" (1978:11). Às vezes, o político se envolve tanto nesse papel que até esquece quem realmente é, devido à frequência de estar atuando sempre num personagem.
Existe também o tipo “igual a todo mundo”, aquele que se parece com o público, cujo povo identifica imediatamente. Ele é "o campeão da normalidade, super-representativo e nenhuma das coisas corriqueiras lhe permanece alheia” (1978:43).
Outro tipo classificado pelo autor é o do “líder charmoso”. Um homem que "cultiva a superioridade e a distância", mas também consegue se aproximar do povo devido sua simpatia e beleza.
E, por último, o "Nosso pai", aquele que podemos recorrer quando estamos tristes ou angustiados. Schwartzenberg acredita que existem dois tipos de "paizão": "aquele da autoridade paternal-heróica – a do chefe revolucionário ou do fundador da independência nacional, a quem se dá o nome de “pai da revolução”, ou “pai da pátria”, mas que se aproxima do herói – e a autoridade paternal de rotina – a do
sábio, “cheio de vivência e razão”, do “pai tranqüilo”, e próximo do homem ordinário"
(1978:84-86).
O tema política já é inspiração para fazer minha monografia e quem sabe até um mestrado!!!
Larissa Araújo.®
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